Vô contá como é triste, vê a veíce chegá,Vê os cabelo caíno, vê as vista encurtáVê as perna trumbicano, com priguiça de andáVê "aquilo" esmoreceno, sem força pra levantá.
As carne vão sumíno, vai pareceno as vêia As vista diminuíno e cresceno a sombrancêiaAs oiça vão encurtando, vão aumentano as orêia Os ovo dipindurano e diminuíno a pêia.
A veíce é uma doença que dá em todo cristão Dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o purmão Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão. Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece Vai passano pelas ruas e as "minina" se oferece A gente óia tudo, benza Deus e agradece,Correno ligeiro pra casa, ou procurano o INSS.
No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava As minina mais bonita da cidade eu bolinava Eu fazia todo dia, chega o bichim desbotava.
Mas tudo isso passô, faz tempo, ficô pra tráis As coisa que eu fazia, hoje num sô capaiz O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz Pra falá mesmo a verdade, nem trepá eu trepo mais.
Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça Porém só faiz duas coisa:Sorta peido e acha graça.
Esses versos eu peguei na internet e não sei quem é o autor. Não quis também corrigir os erros de português.
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