1. Qual órgão humano ocupa uma área de 2 m²?
A pele é o maior órgão do corpo humano. Se pudéssemos esticá-la como aqueles
tapetes feitos com o couro de tigres e ursos, a pele ocuparia uma área de 2
m² e pesaria cerca de 4 kg. Além disso, a pele está sempre se renovando. Um
adulto médio perde de 14,1 milhões a 18,9 milhões de células epiteliais por
hora. Ao longo do dia, o número de células descartadas chega a 453,6
milhões.
2. Você tem a glabela peluda?
Normalmente, não existem pelos
na glabela. Mas há exceções. (Fonte da imagem: Wikimedia
Commons)
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Talvez você não saiba, mas a área que separa as duas
sobrancelhas de uma pessoa também possui um nome: glabela. Atrás da pele
dessa região, que normalmente não possui pelos, fica a maior “peça” do
crânio humano, o osso frontal.
3. Acabamento da face humana
Entre o lábio superior e o nariz de uma pessoa, encontra-se uma pequena
depressão côncava conhecida como filtro labial. Esse detalhe do rosto é o
resultado da finalização de dois processos do desenvolvimento facial do
feto, responsáveis pela formação de parte do nariz e da boca. É como se a
natureza desse um pequeno toque estilístico para concluir a sua obra.
Porém, como em outros processos biológicos, falhas acontecem. Quando o
filtro labial não se fecha completamente, por alguma herança genética ou
como sequela de outra doença, aquela região fica aberta. Essa condição é
conhecida pela medicina como fissura labiopalatal e, popularmente, como lábio
leporino.
4. A importância da saliva
A saliva do dragão de Komodo
está repleta de bactérias (Fonte da imagem: Michael
Poliza/Herald Sun)
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A saliva é um dos fluidos corporais mais importantes do corpo humano.
Composto por 98% de água, o “cuspe” também contém eletrólitos, mucos que
ajudam na lubrificação, componentes bactericidas e diversas enzimas. Assim,
esse líquido ajuda a manter a saúde bucal, fazendo com que diminua a acidez
da boca e auxilie na prevenção da formação de cáries, por exemplo. Não é à
toa que o ser humano produz cerca de 2 litros de saliva por dia.
Mas não é só isso. A saliva é essencial para a alimentação, já que
possibilita que os alimentos sejam engolidos com mais facilidade e evita que
a mucosa da via oral acabe ressecada. Além disso, as enzimas dela ajudam a
dissolver os restos de comidas que ficam presos entre os dentes.
Em outras espécies de animais, a saliva acaba sendo ainda mais versátil,
podendo ser usada para ajudar na cicatrização de feridas, construção de
ninhos de aves e até na confecção de teias de espécies de aranha e lagartas.
5. Máquina de gases: 14 puns por dia
É muito bom se deliciar com guloseimas ao longo do dia. Disso, ninguém
duvida. Mas a alimentação também produz um efeito colateral que, dependendo
do caso, pode trazer graves consequências para a vida social de uma pessoa:
a flatulência.
Criada a partir de gases que ingerimos junto com o alimento ou que o próprio
corpo produz como resultado do processo de digestão, a flatulência é maior
em pessoas ansiosas, que falam enquanto comem ou que se alimentam muito
depressa. Mas não se preocupe: a ideia de que pessoas bonitas e elegantes
não soltam “ventos” é mentirosa. O ser humano normal emite cerca de 14
flatos por dia, emitidos a uma velocidade que pode chegar a 0,1 m/s.
Aliás, cabe aqui uma explicação de extrema relevância: o arroto não é o
“pum” que "subiu de elevador". Os gases da flatulência são produzidos no
intestino, enquanto que as eructações são causadas pelos gases do estômago.
6. A causa do espirro melecante
Muitas células do nosso corpo possuem organelas chamadas de cílios. Elas são
responsáveis por diversas funções do nosso corpo e, uma delas, é ajudar o
nariz a drenar o muco da cavidade nasal, empurrando-o goela abaixo para ser
deglutido.
Quando ficamos gripados, essa função acaba sendo destruída pelo vírus que
invadiu nosso organismo, libertando água e sais do interior das células.
Assim, é produzido aquele muco mais aquoso e transparente, que acaba sendo
expelido pelo nariz durante os espirros.
7. Cérebro, órgão faminto
Apesar de ser o responsável por apenas 2% do peso e uma pessoa, o cérebro
consome 20% do oxigênio e das calorias do corpo. Para que a nossa cabeça
continue funcionando bem, três artérias são responsáveis pelo envio de
oxigênio ao nosso “processador de 16,8 mil GHz”. Caso uma dessas veias seja
bloqueada ou pare de funcionar, as células cerebrais acabam ficando sem
energia e podem trazer danos permanentes ao cérebro, causando o que a
medicina chama de Acidente vascular cerebral (AVC).
8. Posição do corpo influencia a memória
Muitas vezes, um cheiro ou ruído acaba despertando memórias de
acontecimentos passados ou alguma informação que você armazenou há algum
tempo. Mas de acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Psicologia da
Universidade da Flórida, a posição do seu corpo também ajuda a resgatar
algumas memórias com mais facilidade, em especial os registros sobre você
mesmo. Portanto, da próxima vez que esquecer alguma coisa, tente sentar de
pernas cruzadas ou deitar. Se não ajudar a se lembrar, pelo menos você
acabará descansando um pouco.
9. 90 trilhões de seres moram dentro de você
Às vezes não nos damos conta de que somos verdadeiros ecossistemas. Seres
microscópicos habitam diversas áreas de nossos corpos: bactérias estão
presentes em nossas bocas, dentes, intestinos, peles e até na língua. Além
disso, vírus adormecidos podem estar presentes no organismo de alguém sem
manifestar uma doença, como é o caso do herpes, por exemplo.
É claro que a maioria de nós tem consciência disso, mas dificilmente
percebemos que somos verdadeiros mundos para esses seres. Quer uma
informação alarmante? 90% das células que carregamos em nossos corpos não
são nossas e, diariamente, carregamos cerca de 90 trilhões de microrganismos
conosco.
Via: Tecmundo