24.11.11

Um pingo de História - 001 (Estréia)


A história de como foi inventado o dinheiro.

Antigamente, na época remota de nossos antepassados, não existia o dinheiro. A forma usada para se praticar o comércio era um sistema simples e prático de troca de mercadorias denominado escambo.
Escambo era (e ainda é) uma permuta ou troca de mercadorias (ou serviços) entre duas partes, onde as mercadorias de um “pagavam” as mercadorias do outro. Por exemplo: uma pessoa plantava feijão e não

tinha arroz, outra plantava arroz e não tinha feijão. Então um dava uma determinada quantidade de feijão em troca de uma determinada quantidade de arroz do outro.
Todas as necessidades eram supridas dessa maneira e o povo vivia tranquilo e praticamente sem brigas.

Mas a inteligência humana, dinâmica que é, começou a buscar convenções para medir riquezas. 
Ao longo da história, os mais diversos artigos foram usados com a finalidade de dizer quem era o mais rico.
Os astecas tinham o chocolate, os noruegueses da idade média tinham o bacalhau seco e os irlandeses tinham as mulheres escravas.

Os chineses utilizaram peças de bronze de diferentes formatos para fazer negócios, cerca de três mil anos atrás

O sal era outra moeda de troca e foi ele que deu origem à palavra salário, do gado (que também era outra moeda de troca) se derivou a palavra pecúnia (vem de "pecus" que significa “gado” em Latim e que descende do Indo-Europeu peku-, “gado” em geral)
.
Entretanto a inteligência humana continuou crescendo e pesquisando, observando e deduzindo, percebendo que tanto as mercadorias quanto os serviços poderiam ser trocados de uma forma mais prática.
Surgiu então o dinheiro.
Os metais foram uma preferência dos antigos, pois não estragavam e podiam ser carregados com facilidade, ao contrário de uma vaca ou de um punhado de sal.

A criação de sistemas comerciais à base de moedas de ouro, prata e cobre cada qual com a indicação do seu peso foi idéia dos lídios. Segundo o historiador grego Heródoto, foi Creso, rei da Lídia (atual Turquia), quem cunhou as primeiras moedas, entre 640 e 630 a.C. Foi uma invenção revolucionária.

A segunda grande revolução na história do dinheiro, o papel-moeda, teve uma origem mais confusa. Cédulas de papel foram adotadas na Macedônia no século IV a.C. durante o reinado de Alexandre, o Grande. Na China já existiam cédulas no ano 960. Na Europa apareceram em 1661 na Suécia e daí se espalharam para o mundo.

Hoje já se acredita que a terceira revolução monetária é o cartão de crédito, o dinheiro eletrônico.
Mas o curioso de tudo isso é que com o passar do tempo, o que era prá ser um simples substituto do escambo, perdeu sua ingenuidade para se tornar o senhor do mundo. Tudo se curva ao seu poder.
Quanto mais dinheiro uma pessoa tem, mais imponente é a sua figura .  O dinheiro tem um poder sedutor e sua posse dá a seu possuidor uma falsa idéia de imortalidade e até de impunidade.
De início sua invenção serviu para facilitar a vida, mas hoje serve aos fins mais indecorosos. Com ele tudo se compra até mesmo opinião e consciência.
Bem utilizado o dinheiro gera o progresso, mal utilizado é o pior dos demônios, melhor seria voltar ao escambo, “desinventar” o dinheiro.

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