Uma das grandes preocupações do homem
é que um dia a água potável da terra acabe. Em Bertioga, litoral
paulista, uma empresa apresenta uma solução para o problema. Transforma
água do mar em água para beber.
Quem
poderia imaginar que um dia a gente fosse comprar água do mar assim em
copinhos e garrafinhas pronta para beber. Água limpa, sem sal, sem
cheiro e sem cor.
Aqui no Brasil, a água já está à venda em lojas de produtos naturais.
Uma garrafinha custa, em média, R$ 4, o dobro da água comum. Apesar do
produto ser novo nas prateleiras, já conquista consumidores. “Gostosa.
Parece mais leve sim. Suave”, diz a consumidora Ana Maíra Favacho.
A idéia não é hoje. Já faz tempo que se tira o sal da água do mar. Tanto
aqui no Brasil, como em outros países. O Oriente Médio é um bom
exemplo. A novidade agora é que uma empresa brasileira investiu, inovou e
colocou a água em copinhos e em garrafinhas. Água do mar, pronta para o
consumo. Vender água do mar dessalinizada é um desafio para a
humanidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje quase 1,5 bilhão de
pessoas já sofrem com a falta de água. Se o consumo continuar no ritmo
atual, em menos de 15 anos o problema poderá atingir 3 bilhões de
pessoas.
O complexo processo de transformação da água do mar envasada, no Brasil,
é feito em Bertioga. O empresario Rolando Viviani Júnior e outros
quatro sócios apostaram no negócio. O investimento em maquinários chegou
a R$ 3 milhões. Valor alto, ,as que compensa pela inovação.
a captação da água é feita em alto mar. Quanto mais o barco se afasta da
costa a água fica mais limpa, sem areia, e isso facilita o processo de
dessalinização. Os funcionários ficam cerca de uma hora, uma hora e
meia, até encher, todo o reservatório.
A água do mar vai para tanques e segue em tubulações para o laboratório,
onde é feito o processo de purificação. Na fábrica, com 11
funcionários, tudo é automatizado.
“O processo é praticamente molecular, então são filtragens muito finas.
Ultra filtragens. O sal de cozinha é 100% retirado. O que sobra, é o
sódio como mineral livre e numa proporção muito pequena”, explica
Rolando Viviani.
A técnica é conhecida como osmose reversa. É possível produzir 40 mil
litros de água potável, por dia. A água doce que bebemos, tem 12
minerais. Já a água do mar potável, é mais rica em nutrientes. “Ficam
mais de 60, desses 86 minerais que a gente encontra naturalmente na água
do mar”, diz.
O envasamento dos 20 mil copos por dia é feito na fábrica em Bertioga. E
o engarrafamento da água, com ou sem gás, foi terceirizado para uma
empresa em cotia, na Grande São Paulo.
Para chegar às lojas, com aprovação da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), a empresa de Bertioga adaptou o produto à legislação
brasileira. “Adicionamos um pouquinho de bicarbonato de sódio (...). E a
gente atendeu a lei 100% do Brasil. Por isso que nós viemos ao mercado
nacional agora”, afirma o empresário.
O brasileiro ainda conhece pouco a água do mar pronta para beber. O
maior mercado consumidor são os Estados Unidos. Só para se ter uma
ideia, de cada dez garrafinhas fabricadas pela empresa de Bertioga, sete
vão para os EUA.
No Brasil, a água é distribuída em além de São Paulo, Rio De Janeiro,
Bahia e nos estados do Sul do país. E para 2012, a ideia, é expandir os
negócios.
“Não tem diferença nenhuma das outras. Nem parece que é água do mar. Muito boa”, sugere a consumidora Josefa Cordeiro.
Do PEGN TV
Nenhum comentário:
Postar um comentário